sexta-feira, 4 de maio de 2012

Obsessão e desobsessão!



O homem não raramente é o obsessor de si mesmo; é o que assevera Kardec. Tal coisa porém, poucos admitem. A grande maioria prefere lançar toda a culpa de seus tormentos e aflições aos espíritos, livrando-se segundo julgam, maiores responsabilidades. Kardec vai mais longe e explica: “Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam a conta de uma causa oculta, derivam do espírito do próprio indivíduo”.

Tais pessoas estão ao nosso redor. São doentes da alma. Percorrem os consultórios médicos em busca de diagnósticos impossíveis para a medicina terrena. São obsessores de si mesmos, vivendo um passado do qual não conseguem fugir e, portanto, comparecem aos consultórios, queixando-se dos mais diversos males, para os quais não existem medicamentos eficazes.

Esses são tipicamente portadores de auto-obsessão. São cultivadores de “moléstias fantasmas”. Vivem voltados para si mesmos, preocupando-se em excesso com a própria saúde (ou descuidando-se dela) descobrindo sintomas, dramatizando as ocorrências mais corriqueiras do dia-a-dia, sofrendo por antecipação situações que jamais chegarão a se realizar, flagelando-se com o ciúme, a inveja, o egoísmo, o orgulho, o despotismo e transformando-se em doentes imaginários, vítimas de si próprios, atormentados por si mesmos; esse estado mental abre campo para os desencarnados menos felizes, que deles se aproveitam para se aproximarem, instalando-se, aí sim, o desequilíbrio por obsessão.
Texto :  Manoel Philomeno de Miranda
Foto Ilustrativa

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